12 de março de 2011
O
mínimo que se possa dizer é que foi um dia atípico. Não porque em
trabalho tivesse conhecido pessoas que me tocaram fundo e me tivesse por
várias vezes emocionado até às lágrimas. Não porque tivesse começado o
dia em Santarém,berço de outros dias de luz e de esperanças mil. Não
porque tivesse visto o meu povo a lutar e sete rios de multidão. Não, 12
de março de 2011 foi outro dia.
Foi o dia em que chorei frente a
um pedaço de patchwork. Foi o dia em que percebi que o tecido é mãe e
terra e memória ancestral. Foi o dia em que a minha filha me descobriu
no meio de 200 mil pessoas. Foi o dia em que abracei desconhecidos. Em
que a nossa vida começou a mudar. Em que principiámos o resgate dos
nossos sonhos. O dia em que soubemos que o nosso destino colectivo
estava nas nossas mãos. E tudo era possível. O dia em que abrimos as
comportas e tomámos consciência da dimensão do caudal. E era imenso. E
éramos nós. Tudo o resto ainda está por vir. E somos.
Tudo é possível! :) <3
ResponderEliminarBeijo enorme miuda :)
ResponderEliminarAlexandre de Sousa Carvalho